A notícia que toda torcida do Corinthians esperava se confirmou: Matías Rojas aceitou as condições do Timão e já está acertado para sua chegada nas próximas semanas.

E a expectativa em cima do meia não é aleatória: em seus quatro anos de Racing, o paraguaio se tornou a referência ofensiva e criativa do tradicional time argentino. E para a torcida corintiana conhecer melhor o craque que está para chegar, confira um raio-x de Rojas.
Mais “ponta” que “meia”
Por mais que o jogador seja muitas vezes descrito como um meia-atacante tradicional, é importante ressaltar que Rojas atua muito aberto, sempre pela direita. Com uma canhota potente, não é raro vê-lo cortando para o meio e batendo de longe ou arriscando passes para furar a defesa: nessa temporada apenas, foram 4 gols de fora da área e 1 assistência em apenas 12 jogos.

Ainda assim, Rojas não é um ponta clássico, de velocidade e cruzamento. O paraguaio é um armador aberto, pronto para infiltrar os espaços deixaos pelo marcação adversária.
Jogador polivalente?
Mas a lateral do campo não é sua única zona de conforto. Na temporada que o explodiu para o futebol argentino, em 2018, Rojas atuou como um meia-central ofensivo e foi responsável por 10 gols em 22 jogos, além de 2 assistências. Em 2021 repetiu a função no Racing mas não foi tão bem, o que lhe rendeu duas temporadas de sucesso depois atuando como um meia aberto. Resta saber de que maneira Luxamburgo planeja utilizar o craque no Corinthians.

Exímio finalizador de longa distância
Matías Rojas tem diversas qualidades que podem agregar ao elenco do Corinthians. Mas sem dúvidas seu talento mais marcante é o chute de longa distância e a bola parada. Em 2018, em seu ano mágico pelo Defensa y Justicia, Rojas alcançou a média de 0,3 gols de fora da área por jogo na Liga Argentina. Pelo Racing, gols de falta memoráveis o colocaram na estante de ídolos da equipe. Também foi responsável por uma obra-prima na Libertadores, ao arriscar de antes do meio-campo e marcar um golaço.
Dificuldade na disputa de bola
Em outros aspectos do jogo, é justo dizer que Rojas é “bom”, mas não “ótimo”. Sua precisão nos passes é de 75 por cento, o que pode prejudicar sua capacidade de articular jogadas. Sua média de disputas de bola vencidas também não agrada muito. Em jogadas rasteiras, aéreas ou dirbles adversários, sua média se mantém entre 45 e 50 por cento de eficácia apenas.
Um “reforço extra” para defesa do Corinthians
Por outro lado, Rojas surpreende no aspecto defensivo. Seu número de desarmes e interceptações por jogo é relativamente alto para um jogador de prioridade ofensiva, principalmente quando joga de maneira aberta. No Racing, a sua média de desarmes era superior a 1.5 por jogo, número que muitos volantes tem dificuldade de alcançar.

Decisivo e matador
Sua idolatria no Racing, aliás, mostra outra faceta positiva do jogador: seu poder de decisão. Em um duelo contra o maior rival, o Independiente, Rojas costuma mostrar seu melhor nível de exibição. O mesmo para quando enfrenta a dupla Boca e River Plate. Em seus últimos 3 jogos contra o trio, marcou 2 gols e 2 assistências.
Em geral, impossível não se animar com a chegada do paraguaio no Corinthians. Habilidoso e com ótimos atributos ofensivos, é de se imaginar que Rojas não tenha dificuldade de assumir a titularidade assim que se adaptar. Por vezes, como é normal com jogadores habilidosos e técnicos, Rojas pode ser irregular. Mas é inegável o talento do paraguaio de causar problemas na defesa adversária, principalmente com sua finalização refinada e talento para ser decisivo.
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