O que explica a queda de rendimento do Corinthians?

Corinthians
Divulgação / Agência Corinthians

Depois de 10 jogos de invencibilidade, com alguns resultados convincentes, o Corinthians caiu de produção nas últimas partidas. O desempenho nas derrotas contra Sport e São Paulo e mesmo na vitória contra o Fluminense.

Por conta disso, a pressão para demissão de Sylvinho aumentou de forma considerável. E alguns pontos podem ajudar a entender isso.

CORINTHIANS PREVISÍVEL

Apesar de Sylvinho negar esse fato, o Timão apresenta dificuldades na criação de jogadas ofensivas. Inclusive, o Corinthians é uma das equipes que mais precisa trocar passes para conseguir finalizar a gol. A postura dos adversários desde a derrota contra o Sport dá impressão de que os adversários aprenderam a marcar os pontos fortes do ataque alvinegro.

FALTA DE OPÇÕES TÁTICAS

Ponto muito criticado pela torcida. As reclamações são de que Sylvinho se mantém fixo ao 4-1-4-1. E até as mudanças já são conhecidas dos rivais. Inversão dos pontas ou tirar Cantillo para recuar Giuliano ou Renato Augusto e lançar um atacante.

Contra o São Paulo a entrada de Jô até gerou problemas para o São Paulo, mas foi muito pouco para realmente melhorar a produção ofensiva.

DEMORA NA LEITURA DE JOGO

Questionado na coletiva, Sylvinho justificou por que não faz mudanças no intervalo. Mas o Corinthians já teve problemas em jogos recentes com jogadores sem função ou sem espaço, em partidas onde ele poderia ter alterado o time no começo do segundo tempo.

O principal exemplo envolve Cantillo. Aposta do treinador como primeiro volante, o colombiano deu conta do recado contra Palmeiras, Red Bull Bragantino e Bahia. Mas contra o Sport e principalmente contra o São Paulo, o jogador ficou sem função. Sem conseguir desarmar e sem ter espaço para seus lançamentos em profundidade, seu ponto forte.

CONDICIONAMENTO FÍSICO

Por fim, o que parece ser o principal motivo da queda de desempenho. Apesar do Corinthians ser um dos times que mais usa jogadores da base, a média de idade do time titular é alta. Além disso, os reforços contratados chegaram ao clube com meses sem jogos oficiais. Enquanto o time estava jogando uma vez por semana, a impressão era que os jogadores estavam conseguindo aguentar bem o ritmo do futebol brasileiro.

Porém, a partir do momento que o time começou a jogar duas vezes por semana, a queda, principalmente ofensiva, foi nítida. Do meio para frente, não se vê mais o mesmo ritmo e intensidade de Giuliano, Renato Augusto e Róger Guedes.

A esperança da torcida é de que essa semana livre até o duelo contra o Internacional e o retorno de Fagner sejam suficientes para que o time possa apresentar um futebol melhor e dar uma resposta já na próxima rodada.