16/05/2025 @ 19:13h

“Indiciado ou não, eu fico!” – Presidente do Corinthians quebra o silêncio sobre caso VaideBet

Em meio ao avanço das investigações sobre possíveis irregularidades na intermediação do contrato entre o Corinthians e a empresa de apostas VaideBet, o presidente Augusto Melo foi direto ao ser questionado sobre a possibilidade de renunciar ao cargo caso venha a ser indiciado pela Polícia Civil: não cogita deixar o clube.

“Jamais. Não tenho nada a ver com isso. Tudo o que eu faço tem o jurídico e o compliance que me dão suporte”, afirmou o dirigente nesta sexta-feira, rebatendo qualquer acusação.

A investigação, conduzida pelo delegado Tiago Fernando Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e da terceira delegacia especializada em crimes de lavagem de dinheiro, está em fase final e já ouviu mais de 20 pessoas. Além de Augusto Melo, também depuseram como investigados o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura e o empresário Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato de patrocínio.

O presidente corintiano reafirmou sua inocência e disse que não tem envolvimento direto com negociações do tipo:

“Nunca sentei com ninguém, nunca discuto nada sozinho. Estou aqui em prol do Corinthians, não preciso do Corinthians”, declarou Augusto, referindo-se à acusação de que teria conhecimento sobre comissões e intermediários no acordo com a VaideBet.

A defesa do mandatário também reforçou a confiança em um desfecho favorável. O advogado Ricardo Cury acredita que não há elementos que sustentem um possível indiciamento:

“A defesa tem muita segurança e tranquilidade de que o presidente Augusto não será indiciado. Não há elementos para isso. O potencial investigado precisa ter praticado uma ação ou omissão, e nesse caso não há qualquer conduta ilegal atribuída a ele”, explicou o advogado.

Segundo Cury, a origem do caso está na reportagem do jornalista Juca Kfouri, que trouxe à tona os primeiros indícios da irregularidade. A defesa apresentou documentos, registros e provas que, segundo ela, mostram que o presidente agiu com transparência e sem envolvimento direto na intermediação do contrato.

A expectativa agora é de que a Polícia Civil conclua o inquérito em breve e defina se haverá ou não indiciamentos formais. Enquanto isso, Augusto Melo mantém sua rotina no comando do Corinthians e descarta qualquer hipótese de renúncia.