A Copa do Mundo de Clubes da Fifa, agora com novo formato e sendo disputada nos Estados Unidos, pode até trazer uma roupagem moderna, mas escancara algo que nós, sul-americanos, já vínhamos sentindo há algum tempo: a distância entre nós e o topo do futebol mundial só aumenta. E em meio a esse abismo técnico e financeiro, um feito ganha ainda mais brilho a cada nova edição: a conquista do Corinthians, em 2012, contra o poderoso Chelsea, na decisão disputada em Yokohama, no Japão.
Já se vão mais de dez anos daquele título histórico. E desde então, nenhum clube da América do Sul sequer conseguiu repetir o feito. Pior: muitos sequer tiveram a chance de enfrentar um europeu. Foram eliminados precocemente, sucumbindo diante de times da Ásia, da Concacaf ou da África. O tabu virou trauma. E o que antes parecia difícil, hoje soa como quase impossível.
Assistindo às primeiras rodadas desta nova edição do Mundial, fica evidente o nível estratosférico dos principais clubes europeus. Estrutura, tática, intensidade, elenco, banco de reservas, mentalidade competitiva… tudo joga a favor dos times do Velho Continente. Hoje, pensar em um sul-americano superando equipes como Manchester City, Real Madrid, Bayern de Munique ou mesmo um Chelsea, exige mais do que fé: exige uma reviravolta estrutural no futebol daqui.
O Corinthians de 2012, treinado por Tite, com Cássio, Chicão, Paulo André, Paulinho, Ralf e Guerrero, não era um time mágico, mas era extremamente competitivo, inteligente taticamente e, acima de tudo, ciente de suas limitações. Jogou com alma, com disciplina e com a frieza de quem sabia que teria uma única chance. E agarrou essa chance com unhas e dentes. Aquele time entra na história como o último suspiro de resistência sul-americana contra o domínio europeu no Mundial.
Hoje, olhando o cenário atual, parece até utópico imaginar outro clube do nosso continente disputando de igual para igual uma final de Mundial contra um gigante europeu. O foco por aqui tem sido sobreviver financeiramente, manter promessas por mais de seis meses e, quando possível, sonhar com a conquista da Libertadores — que, por si só, já virou um Everest diante das dificuldades internas.
A Copa do Mundo de Clubes, ao invés de nivelar o futebol global, está deixando ainda mais clara a diferença entre os mundos. E, nesse contexto, o título do Corinthians em 2012 se torna cada vez mais lendário, quase mitológico. Mais do que uma taça, foi um grito de resistência. Um lembrete de que, sim, é possível. Mas também um alerta de que, sem mudanças profundas, pode ter sido a última vez.

Confira a tabela do Corinthians para as próximas rodadas
12/07 – SAB – A definir – Brasileirão Série A – Bragantino
16/07 – QUA – A definir – Brasileirão Série A – Ceará
19/07 – SAB – A definir – Brasileirão Série A – São Paulo
23/07 – QUA – A definir – Brasileirão Série A – Cruzeiro

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Sugestão de aposta
Boca Juniors e Benfica promete ser um jogo movimentado. O Benfica chega como favorito após fazer uma excelente temporada. Enquanto isso, o Boca Juniors aposta em sua garra sul-americana para segurar o adversário. Para esta partida, uma boa aposta é mais de 4,5 cartões
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