Com um elenco cheio de estrelas para a temporada 2022, o Corinthians vai disputar a Copa Libertadores e é visto como um dos favoritos aos principais campeonatos. Mas há um dilema, na visão do jornalista Juca Kfouri: o dinheiro que o clube paga seus jogadores vem de um patrocinador e isso é um problema.
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A opinião de Juca Kfouri vem no dia em que veio ao ar a informação de que a Taunsa acabou atrasando o pagamento do salário de Paulinho em fevereiro e o Alvinegro precisou quitá-lo. Durante o Podcast Posse de Bola, o jornalista ressaltou que o Timão deveria rejeitar a oferta da empresa.
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“O clube da Democracia Corinthiana dos anos 1980 foi buscar um patrocinador que é um dos maiores produtores de veneno, de agrotóxico do mundo ou do Brasil. Alguém dirá que dinheiro não tem cor e nem cheiro. Para mim, tem. É um dinheiro que o Corinthians, com sua história política, deveria dizer ‘não’. Pior, o dono da empresa não é exatamente alguém de quem se fala muito bem no mercado e parece que não demorou muito para ver que os compromissos dele são muito mais marquetológicos do que para serem cumpridos”, diz Juca Kfouri, durante o Podcast Posse de Bola.
Para Juca Kfouri, o grande problema do Corinthians é justamente o de usar o dinheiro de uma empresa e se valer do chamado doping financeiro para ter um elenco forte.
“É aquilo que o treinador do Palmeiras, o português Abel Ferreira, na entrevista coletiva anterior a essa da partida contra o Bragantino chamou a atenção ao falar não apenas do calendário e da necessidade de punir torcedores violentos que agridam jogadores, falou do fair play financeiro. Era óbvio sobre quem ele estava falando pelo menos no ambiente paulista. O Corinthians está obviamente fazendo o chamado doping financeiro porque não tem dinheiro para fazer as contratações que fez, Isso mais cedo ou mais tarde explode”, completa.
Jornalista vê SAF como única saída para Corinthians
O Corinthians precisa pensar na SAF, na opinião de Juca Kfouri. Para o jornalista, o Timão precisará lidar com a ideia de abrir o capital na bolsa de valores e assim se sustentar a partir da força da torcida.
“A boa notícia para o corintiano é que começa a haver uma compreensão da necessidade de o Corinthians pensar na SAF nos bastidores do Parque São Jorge. Embora oficialmente a posição do clube seja contra, porque o ‘Timão não precisa’ e ‘o clube não pode ter donos’, há uma ideia de que a SAF do Corinthians seja feita por abertura de capital na bolsa de valores de maneira tal a permitir que o torcedor se torne sócio da Sociedade Anônima e o Corinthians mantenha a maioria das ações para a gestão”, explica Kfouri.
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