O maior goleiro da história do Corinthians

Uma homenagem ao maior goleiro da história do Sport Club Corinthians Paulista

í·do·lo

(latim idolum, -i, do grego eídolon, -ou, fantasma, imagem)
– Pessoa que é objeto de grande admiração ou paixão

Olhando para a definição no dicionário, é fácil identificar ou definir um um ídolo dentro do esporte mais popular do mundo. Cada clube carrega vários consigo em cada período de sua história. Mas como se constrói um ídolo?

A construção de Cássio começa no fim de 2011 quando ele chega no Corinthians vindo do futebol holandês para ser uma opção no banco de reservas mas o primeiro tijolinho dessa obra chamada “maior goleiro da história do clube” foi colocado meses depois quando ele assuma a titularidade absoluta.

Quando nós observamos a obra “pronta”, nos deparamos com mais de 500 jogos e 9 títulos em quase 10 anos de clube. São quatro Paulistas, dois Brasileiros, uma Recopa, uma Libertadores da América e um Mundial de Clubes da Fifa – no qual foi eleito o melhor jogador em campo na final e de todo o campeonato.

Mas para ser um ídolo, é preciso existir quem o idolatre, não é mesmo? E nesse sentido, Cássio não poderia ter escolhido melhor lugar. Porque junto da torcida ele defendeu o chute de Diego Souza nas quartas-de-final da Libertadores, empurrado pela torcida ele colecionou defesas espetaculares contra o Chelsea no Mundial de Clubes e mesmo quando não havia torcida fisicamente presente no estádio, as vibrações corinthianas o ajudaram defender os pênaltis que fizeram o Corinthians campeão Paulista em 2018.

E para não dizerem que nós falamos apenas das flores, é preciso destacar que a relação ídolo-torcida pode ser perfeitamente turbulenta em alguns momentos. A posição de goleiro é ingrata. Por vezes 9 defesas serão em vão se vierem seguidas de uma falha no décimo chute. Por vezes, 9 títulos serão esquecidos por 10 ou mais valentões que se acham maior que o clube.

No Corinthians os goleiros não são chamados de “santo” porque não existe milagre. Existe trabalho, dedicação e a certeza de que clube e torcida estarão sempre caminhando juntos, seja para Neo Química Arena ou para Yokohama, no Japão.

Não existe um “São” Cássio, assim como nunca existiu um “São” Ronaldo ou “São” Gylmar. Aliás, de santo eles só tem uma coisa: A Fiel.

A admiração por ídolos tem fases e falhas, igual a posição de goleiro. Mas assim como Cássio se engrandece em jogos grandes, o Corinthians se engrandece por ter um goleiro tão grande quanto Cássio.

Que a história continue sendo escrita, é um privilégio poder presenciá-la.

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