12/05/2025 @ 11:56h

OPINIÃO: Depay cavou mais que o pênalti, cavou um buraco com a torcida do Corinthians

Por mais que o futebol moderno exija ousadia, o que Memphis Depay fez no último sábado beira o absurdo. Não foi ousadia. Foi ego. O jogo ainda estava 0 a 0 quando o atacante decidiu arriscar uma cavadinha em cobrança de pênalti contra o Mirassol. Resultado? Bola nas mãos do goleiro e um show de vaia garantido. Para um clube que vive instabilidade, uma atitude como essa não é apenas questionável — é inadmissível.

Nenhum jogador, por mais estrelado que seja, está acima do Corinthians. E Depay parece ter esquecido disso no momento em que optou por tentar humilhar o adversário ao invés de simplesmente fazer o gol e ajudar o time a respirar na tabela. Esse tipo de lance pode até parecer bonito no replay, mas no contexto em que o Timão se encontra, foi de uma irresponsabilidade brutal.

Pior do que o erro técnico foi o erro de julgamento. Em vez de se colocar a serviço do coletivo, Depay quis brilhar sozinho — quis reforçar a narrativa de “craque”, de estrela internacional, de jogador diferenciado. Mas o futebol ensina há décadas que vaidade exagerada custa caro, e ontem custou pontos, paciência e apoio.

Torcedores têm memória curta quando há comprometimento e entrega. Mas quando a soberba entra em campo, a cobrança vem mais pesada. E, sinceramente, não seria nenhum absurdo se a diretoria tivesse uma conversa dura com o camisa 10. Em alguns clubes, um ato desses renderia até justa causa.

O que se espera agora não é apenas uma retratação — é atitude. Depay precisa jogar bola e colocar o Corinthians acima de qualquer vaidade. A camisa pesa, e quem não entende isso, vai afundar sob seu próprio ego.