O mascote do Corinthians, o Mosqueteiro, tem suas raízes na história dos “Três Mosqueteiros”, imortalizados na obra do escritor francês Alexandre Dumas em 1844. Essa figura emblemática representa bravura, camaradagem e determinação, valores que ecoam na identidade corintiana.
Embora as origens do mascote não tenham uma confirmação oficial devido à escassez de registros da época, relatos históricos indicam que o Mosqueteiro fez sua primeira aparição em 1913, três anos após a fundação do Corinthians. Na época, o clube lutava por uma vaga na Liga Paulista, desafiando a hegemonia da Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). O trio de clubes que resistia à APEA, composto por Americano, Germânia e Internacional, foi apelidado de “Os Três Mosqueteiros”. O Corinthians, ao vencer dois jogos cruciais contra Minas e FC São Paulo, conquistou sua vaga na Liga Paulista, sendo chamado pela imprensa local de “quarto mosqueteiro”.
Uma versão oficial da história do mascote remonta a 1929, quando o Corinthians disputou um amistoso internacional contra o Barracas, da Argentina. Nessa partida, realizada em 1º de maio de 1929, no Parque São Jorge, o Timão venceu por 3 a 1, demonstrando uma impressionante determinação. O jornalista Thomaz Mazzoni, do jornal “A Gazeta”, destacou a “fibra de mosqueteiro” dos jogadores em seu relato sobre o jogo. Logo após, o jornal atribuiu o Mosqueteiro ao Corinthians, solidificando a associação do clube com o personagem D’Artagnan, o quarto mosqueteiro.
Essa conexão entre o Corinthians e o Mosqueteiro foi reforçada pela conquista do tricampeonato paulista (1928, 1929 e 1930) pela equipe. Em ambas as versões, as características do personagem dos “Três Mosqueteiros” – coragem, lealdade e espírito de equipe – refletem a essência do clube, especialmente em momentos desafiadores. O Mosqueteiro tornou-se assim um símbolo poderoso da identidade corintiana, celebrando a história de lutas e conquistas do clube ao longo dos anos.