O Corinthians formalizou nesta sexta-feira (13) um pedido oficial à CBF exigindo punições mais severas ao Palmeiras pelos cânticos homofóbicos entoados contra o atacante Ángel Romero no último Dérbi Paulista. A solicitação chega após o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) aplicar ao Palmeiras apenas uma multa de R$ 80 mil, valor considerado brando e injusto por dirigentes alvinegros.
Nos bastidores do Timão, o sentimento é de indignação diante da disparidade de critérios adotados em julgamentos recentes. O clube relembra que foi o único punido com portões fechados em caso semelhante, quando a torcida foi responsabilizada por entoar cantos homofóbicos, e vê o precedente do rival como perigoso para o combate à discriminação no futebol.
Citação ao artigo 243-G e cobrança por isonomia
Na solicitação feita à entidade máxima do futebol brasileiro, o Corinthians invoca o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de conduta discriminatória e prevê penas mais duras, incluindo perda de pontos e até exclusão da competição em caso de reincidência.
A diretoria alvinegra sustenta que a multa não coíbe práticas preconceituosas e que, sem ações mais rígidas, a mensagem passada ao público é de impunidade e conivência institucional com atos de intolerância.
Contexto e consequências
O episódio em questão ocorreu no clássico realizado na Arena Barueri, quando parte da torcida palmeirense entoou cantos ofensivos ao paraguaio Romero. Apesar do registro em súmula e de ampla repercussão, o STJD optou por apenas aplicar uma multa, frustrando o desejo do Corinthians de ver um posicionamento mais contundente da Justiça Desportiva.
O movimento da diretoria do Timão agora visa pressionar a CBF e o STJD para que adotem critérios mais rígidos em casos futuros e reforcem o combate à homofobia nos estádios — uma pauta que tem ganhado relevância, mas ainda carece de aplicação uniforme das leis esportivas.
O que diz o artigo 243-G do CBJD?
“Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão da origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.”
Pena: multa de R$ 100 a R$ 100 mil, perda de pontos, interdição de estádio, e até exclusão da competição, conforme a gravidade e reincidência.
Com o caso em andamento e a pressão pública crescendo, a expectativa agora gira em torno de uma eventual reavaliação da pena por parte do STJD. O Corinthians, por sua vez, promete seguir firme na cobrança por justiça e isonomia nas decisões disciplinares.

Confira a tabela do Corinthians para as próximas rodadas
12/07 – SAB – A definir – Brasileirão Série A – Bragantino
16/07 – QUA – A definir – Brasileirão Série A – Ceará
19/07 – SAB – A definir – Brasileirão Série A – São Paulo
23/07 – QUA – A definir – Brasileirão Série A – Cruzeiro

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