Corinthians e Flamengo recusam abrir mão de PPV em criação de nova Liga; Entenda a situação!

A tão sonhada Liga Independente dos clubes no Brasil segue lidando com dificuldades para emplacar; Desta vez, Corinthians e Flamengo recusam condição.

Fagber (Corinthians) e Arão (Flamengo)
Corinthians x Flamengo 2021 | Imagem: Reprodução

O atual presidente eleito da CBF, Ednaldo Rodrigues, já autorizou a criação da tão sonhada Liga Independente dos clubes. Na última década o projeto ganhou e perdeu força por várias vezes e agora esbarra em mais um “problemão” com os dois principais clubes do país.

Corinthians e Flamengo não tem o menor interesse em ver suas cotas reduzidas em nome de uma divisão mais equilibrada nas receitas de transmissões dos jogos, que hoje, fazem parte de um alto percentual na arrecadação de ambos. Principalmente o dinheiro do PPV (PayPer View).

Hoje, o projeto da nova Liga está divido basicamente em três grupos: 1. os grandes do eixo RJ/SP/RS/MG; 2. o “Forte Futebol” liderado por Athlético-PR e 10 emergentes de série A; 3. o chamado “sub-grupo” só com Corinthians e Flamengo, que apesar de estarem no primeiro, divergem sobre a divisão de receitas.

Com promessa de investimentos que superam a casa do um bilhão de reias, a Codajas Sports Kapital busca unir os clubes para um calendário mais regional e novas receitas que agreguem todos os envolvidos. No modelo atual, a maior fatia vem das transmissões de jogos em tv aberta/fechada, PPV e agora os canais digitais como YouTube e Twitch.

Os contratos em tv aberta/fechada hoje são divididos da seguinte forma: 40% de forma igual entre os envolvidos, 30% com base na performance do clube e 30% pelo numero de transmissões que cada clube tem. Já no PPV, o medir para divisão é o “torcidômetro” e é aí que as maiores torcidas do país se favorecem.

O contrato assinado em 2014 e válido até 2024, garante um valor até R$160 milhões por ano a dupla, enquanto clubes como Cuiabá não chegam a R$2 milhões em relação a mesma competição.

A Liga prioriza justamente a queda dessa diferença em favorecimento ao equilíbrio. O Flamengo se colocou contra desde o princípio, ainda que recebesse algum tipo de compensação e o Timão seguiu a mesma linha que os rubro-negros.

Resta saber se o impasse vai travar de vez o seguimento do projeto ou se haverá algum acordo entre as partes pra finalmente tentarmos enxergar o futebol brasileiro num rumo melhor.

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