Por: Lucas Silva
O camisa 8 do Corinthians Rodrigo Garro não tem jogado da maneira como o torcedor alvinegro viu em 2024. Como se sabe, o argentino perdeu a pré-temporada por conta de uma tendinopatia patelar no joelho direito e tem atuado fora da condição ideal.
Em entrevista ao “Meu Timão”, o médico Eduardo Pellegrino, profissional especializado em ortopedia e traumatologia, fez um panorama da atual situação de Garro e vê a situação do argentino com mais otimismo e explicou as possíveis causas de recentes infiltrações no jogador.
“É uma tendinite patelar, lembrando que esse tendão patelar é uma estrutura do joelho que fica embaixo da rótula, embaixo da patela, então ele faz parte do que a gente chama de aparelho extensor, que é um dos responsáveis por esticar o joelho. É uma estrutura bastante utilizada pelos jogadores de futebol. No caso da tendinite, acontece que esse tendão inflama ou por uma sobrecarga de trabalho ou por uma disfunção interna do tendão. Ele entra num processo inflamatório, muitas vezes esse processo ele pode se prolongar um pouco e alterar as fibras colágenas do tendão, provocando bastante dor no jogador e afeta o desempenho do atleta”, disse o médico.
Torcida do Corinthians deve legar o alerta para Garro?
O tratamento do meia começou logo após o fim do Brasileirão de 2024, já que o meia jogou a reta final da última temporada com as dores na região. De acordo com o ortopedista, ao contrário de outros processos para alívio no joelho, a situação de Garro no Corinthians deve ser mais tranquila, visto que a medicação deve ocorrer ao redor do tendão, e não no joelho em si.
“O calendário brasileiro é difícil de controlar esse tipo de lesão porque muitas vezes os clubes não têm uma janela para recuperar esses jogadores. Então o período de cicatrização é muito curto. As informações que nós temos aqui é que o atleta tem recebido algumas infiltrações no joelho para conseguir jogar. Se tratando de uma tendinite patelar, essas infiltrações, se estão ocorrendo, provavelmente ocorrem em volta do tendão”, iniciou.
“Então a gente usa algumas aplicações de medicações ou soluções, mistura de medicações, que são geralmente anestésicos, com o anti-inflamatório, e aplica esses esforços em volta do tendão para dar um conforto melhor e otimizar o desempenho. É diferente daquelas infiltrações intra-articulares que eram muito feitas antigamente, onde utilizavam-se anestésicos e anti-inflamatórios como os corticoides dentro do joelho. Então, a gente sabe que essa é uma conduta que realmente, num futuro, poderia causar uma lesão, uma degeneração da articulação”, completou Eduardo.
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