Pressionado por conta dos últimos jogos, Sylvinho teve um confronto complicado contra o Internacional no último domingo (24). Mas as substituições realizadas do segundo tempo melhoraram o futebol do Corinthians, que conseguiu a virada fora de casa e por pouco não voltou do Sul com três pontos na bagagem.
E o treinador evitou fazer as chamadas trocas de “seis por meia dúzia”. As entradas de Du Queiroz e Gustavo Mosquito nos lugares de Gabriel e Vitinho mostraram o Timão atuando de uma forma diferente do que o torcedor viu ao longo do Brasileirão.
ALTERAÇÃO NA ESCALAÇÃO NÃO SURTIU EFEITO ESPERADO
Sylvinho escalou o Corinthians com Gabriel e Vitinho nos lugares de Cantillo e Adson. A ideia era clara. Aumentar o poder de marcação do time e liberar Giuliano e principalmente Renato Augusto para apoiar o ataque.
Mas apenas o apoio de R8 se fez presente, jogando bem próximo de Róger Guedes, novamente atuando como referência no ataque. Apesar de ter a maior posse de bola em vários momentos do jogo, a equipe não conseguiu uma melhora considerável na questão dos desarmes / interceptações.
Além disso, erros de passe e falta de pontaria nos chutes a gol fizeram com que Marcelo Lomba não tivesse trabalho no primeiro tempo.
CORINTHIANS DIFERENTE NO SEGUNDO TEMPO
Apesar de Sylvinho não voltar com alterações no intervalo, o treinador não demorou o tempo usual para trocar as peças. E nesse ponto é que citamos o mérito do técnico.
Du Queiroz deu uma dinâmica diferente no meio de campo, ajudando o time a pressionar o rival ainda no seu campo de defesa. Mas a grande mudança acabou sendo tática. Isso porque o treinador fixou Renato Augusto como um falso 9, posição que ele já fez no futebol chinês, com Róger Guedes aberto pela esquerda, Gustavo Mosquito pela direita e Gabriel Pereira centralizado.
Os gols da virada saíram dessas mudanças. O empate veio em passe preciso de GP nas costas da defesa do Internacional, com Giuliano driblando Marcelo Lomba e marcando o primeiro gol do Corinthians.
Já a penalidade veio de jogada trabalhada que terminou com Róger Guedes sendo derrubado por Johnny dentro da área, com Fábio Santos mantendo seu ótimo aproveitamento nas cobranças de pênalti.
Além disso, é importante citar que Renato Augusto fez bem o papel de referência ofensiva, tendo chances de finalizar como um centroavante.
SYLVINHO ACHOU O TIME?
É cedo para dizer que o técnico possa ter achado a escalação ideal para o final do Brasileirão. Basta lembrar que o esquema com Cantillo deu resultado contra Palmeiras, Red Bull Bragantino e Bahia.
Além disso, o desempenho contra o Internacional no segundo tempo não quer dizer que Sylvinho irá manter a escalação contra a Chapecoense na próxima rodada.
Porém, o técnico costuma dar chances e manter jogadores que ganham a posição dentro de campo. Dessa forma não será surpresa se Du Queiroz for mantido no time titular.
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